O desafio estava lançado, dois dias de cicloturismo ao mais alto nível.
No plano desportivo, não defraudou as expectativas, a ligação Salvador, vela com os seus 80 e muitos km, muito agradáveis, bom piso e andamento muito bem controlado, embora as dificuldades de percurso. Um pelotão que nunca andou atrapalhado, rolando sempre ao sabor das inclinações. Desde o inicio que se sabia que uma distracção e o pelotão ia embora, ficando difícil recuperar. Na passagem por Belmonte a adrenalina disparou, a equipa da casa, meteu lenha e deu com a marreta no pelotão, o ritmo subiu e o espírito era de corrida, batoteiramente colocaram-se ao abrigo do carro da organização, os outros formaram grupos de perseguição, ou simplesmente deixaram-se ir, já a pensar no dia seguinte.
A chegada a Vela foi em apoteose, muito bem recebidos, por este povo que deu o seu melhor para nos receber.
2º dia, depois de um farto pequeno almoço, em que nada faltou, a partida foi por equipas, sempre aplaudidas em jeito de despedida, por estas gentes que tão bem nos receberam.
Desta vez a ligação era Vela, torre com passagem pela Covilhã, os cerca de 25 km iniciais eram rolantes, muito bons para preparar o corpo e a alma para o esforço de alta montanha.
Com a entrada na Covilhã começou a subida que não mais deu descanso até ao centro de limpeza de neves e depois foi descer um pouco, serviu para moralizar e recuperar para o resto da subida. cada um impôs o ritmo que mais lhe convinha, muitos abdicaram e não cumpriram o objectivo, mas mais ainda superaram o desafio.
Na Torre era hora da foto, de mostrar o nosso contentamento, os ciclistas amadores e de baixo treino, também sobem a serra com êxito, o tempo de subida não importa, o importante é ter lá chegado sem parar e sem sofrimento.
A descida foi vertiginosa, sempre acima dos 60 kmh até à zona do sanatório, porque aí se revelou mais difícil de subir e mais perigosa de descer.
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